sábado, 27 de agosto de 2011

Meteorito intriga peruanos





Uma suposta queda de um meteoro dos céus peruanos, na passada quinta-feira, intrigou a população bem como as autoridades.



As imagens foram filmadas em Cuzco, cidade situada no sudeste do Peru. As autoridades estão a proceder a buscas no sul da cidade para encontrar vestígios do mesmo.
Um vídeo, divulgado por uma estação de televisão peruana, o Canal N, mostra o suposto meteoro rasgando os céus da cidade de Cuzco na tarde da passada quinta-feira.
As imagens exibem um objecto caindo em chamas, rumo a uma região florestal afectada pela seca no sul da cidade.
Em 2007, os peruanos já haviam assistido a algo do género, quando um meteorito do tamanho de uma bola de basquete foi encontrado numa cratera de cerca de 13 metros de diâmetro, na fronteira com a Bolívia.

Fonte: Correio da Manhã

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Posição oficial do Vaticano sobre os ET's





Em setembro de 2009, em visita às novas instalações do Observatório do Vaticano no Castelo Gandolfo, sua residência de verão, o papa Bento XVI segurou e examinou atentamente um meteorito que se desprendeu de Marte e caiu no Egito por volta de 1911. O papa também quis saber detalhes das atividades dos telescópios da Igreja católica instalados nas montanhas do Arizona, nos Estados Unidos. Passou 45 minutos fazendo perguntas e conversando com os cientistas. "Isso é muito tempo para o papa, acredite", conta o padre jesuíta e astrônomo José Funes ao subir o elevador da PUC-RJ - onde participou de encontro internacional Evolving Universe - para uma entrevista com o Terra.


Diretor do observatório astronômico e responsável pelas pesquisas da Igreja que envolvem a formação e a evolução das galáxias, procura de formações semelhantes ao Sistema Solar, Big Bang, física quântica e teoria da relatividade, Funes não acredita que ciência e religião sejam antagônicas. Para ele, são duas maneiras de explicar a razão de existirmos e como viemos parar aqui. Enquanto a ciência provê respostas através de testes e teorias, acredita ele, a religião oferece explicações do ponto de vista da fé. Mas por que estaria a Igreja procurando respostas no céu?


"Não procuro Deus diretamente em meu telescópio, observando as galáxias. Mas sim na procura pela verdade, na colaboração com as outras pessoas, ao comunicar o que estou aprendendo. É uma maneira de encontrar Deus", explica o padre. Confira a entrevista:


Terra - Você sustenta que a bíblia não é um livro científico. Como ela deve ser lida? Funes - "A bíblia é a carta de amor que Deus mandou para seu povo, com a linguagem de 2 mil anos atrás. Naquela época, não havia o conhecimento científico que nós temos hoje. Não podemos ler a bíblia achando que nós vamos encontrar respostas para as nossas perguntas científicas.


Terra -Como isso se aplica na comparação entre a história de Adão e Eva e a Teoria da Evolução, de Darwin? Funes - "O que continua verdadeiro na mensagem é a humanidade como um todo e sua origem em Deus. As pessoas tinham que entender onde estamos do ponto de vista da fé. De onde viemos? Por que há maldade no mundo? O autor da bíblia tenta responder essas questões do ponto de vista da fé".


Terra -O senhor considera o Big Bang como a teoria científica que melhor explica o começo do universo. Onde entraria Deus nesse processo? Funes - "O Big Bang é uma interpretação modal para entendermos a origem do universo. É uma teoria inventada pelo homem. Uma maneira intelectual que encontramos para entender a origem do universo. Se entendermos o Big Bang como começo do universo, então entenderemos que o universo existe por causa da vontade de Deus. Nós estamos falando aqui, nesse lugar bonito que é o Rio porque de alguma forma, não sabemos direito como ou por quê Deus está nos sustentando. Não é um fato científico, mas é um fato metafísico. É algo que vai além da ciência".


Terra -A ciência poderia provar a existência de Deus? Funes - "A existência de Deus não pode ser provada com um teorema matemático. Nós somos racionais. Nossa fé é racional. Nós podemos encontrar Deus usando nossa inteligência. O universo inteiro existe por causa de Deus. Logo tudo o que está nele é motivado pelo desejo de Deus criador".


Terra -Certa vez, o senhor cogitou que se descobríssemos a existência de vida em outro planeta, eles poderiam ser seres livres do pecado original. Como isso se daria? Funes - "Não temos nenhuma prova até agora de vida fora da Terra. Então é uma resposta hipotética para uma pergunta hipotética. Se existir, faz parte da mesma vontade de Deus que proporcionou a nossa existência. Nós somos livres para dizer sim ou não para Deus. O pecado original explica a existência de maldade na história humana. Pode ser possível que haja seres espirituais que podem dizer sim para o plano de Deus. Eles podem ter usado bem sua liberdade. De qualquer forma, esses seres poderiam, ser beneficiados pela misericórdia divina, poderiam ser amigos de Deus.


Terra -Teorias científicas dizem que em determinado ponto a Terra vai ser destruída, provavelmente engolida pelo sol. Isso seria parte da vontade de Deus? Funes - "É parte da nossa realidade. Somos seres frágeis, podemos ver isso com os terremotos. É parte da nossa natureza. Qualquer coisa pode nos causar dor e sofrimento. De acordo com o nosso conhecimento de evolução estrelar, sim, poderia ser o fim da Terra. Mas temos cinco bilhões de anos até que isso ocorra. Podemos aprender como sobreviver ou como ir para outra estrela. Mas nós temos que aprender que somos muito frágeis. É parte de nossa vida. Temos que ser cuidadosos com a nossa Terra e como usamos nossos recursos naturais. Tudo tem um equilíbrio muito gentil. Temos que ter cuidado.


Terra -Para se fazer ciência, é necessário ter dúvidas, enquanto a religião fornece certezas. Não são duas coisas conflitantes? Como o senhor concilia? Funes - O que me motiva não são dúvidas, são perguntas. Sou curioso para entender como funciona o universo. Claro, algumas vezes você tem dúvidas para testar suas idéias. É assim que funciona a ciência. Eu não diria que Deus provê certezas. Deus provê conforto, consolo. Consolo quer dizer que você vive em paz, com amor pelo próximo, esperança e fé. Não quer dizer que tudo está bem, tudo está ok. O sofrimento também faz parte da vida cristã. Mas você também pode sofrer e lidar com as dúvidas com profunda paz. Fazer ciência é uma maneira de encontrar Deus. Eu fui treinado a encontrar Deus em tudo o que fazemos. Podemos encontrar Deus em nossa conversar ou no seu trabalho. Se é algo que você gosta de fazer e quer transmitir para os outros. Porque Deus se comunica de maneiras distintas. Precisamos de um tipo de treinamento para escutá-lo e para seguir o seu consolo".


Terra - O senhor acredita que é importante difundir o conhecimento científico ou nem todos deveriam saber o que realmente ocorre? Funes - "É muito importante. Os seres humanos, desde o começo do universo, são inspirados pelo céu, pelas estrelas. A astronomia coloca em perspectiva a procura do conhecimento de onde estamos nesse imenso universo. Todas as pessoas têm o direito de se perguntar essas questões. Acho que todos deveriam ter o direito de saber, por exemplo, que o universo tem 14 bilhões de anos. Quando dou palestras para o público em geral, eu repito isso. Porque apenas uma parte muito pequena da humanidade tem acesso a esse tipo de conhecimento. Todos deveriam ter acesso. É parte da nossa natureza humana. Todos deveriam ter a chance de aprender".



Fonte: Terra.br

sábado, 20 de agosto de 2011

Investigador fotografa meteorito a entrar na atmosfera



O especialista em glaciares boliviano, Edson Ramirez fotografou o que aparenta ser um meteorito a entrar na atmosfera terrestre, sob os picos Huayna Potosi e Tuni Condoriri, nos Andes.



Segundo avança a Reuters, o fenómeno foi fotografado no passado dia 16 de Agosto, quando Ramirez estava a estudar os glaciares.



Segundo o especialista Rubber Munoz Sanchez, do planetário de La Paz, trata-se, de facto, de um meteorito com cerca de 50 centímetros de diâmetro, que está a arder devido à fricção com a atmosfera terrestre.






Fonte: TVI24

sábado, 13 de agosto de 2011

Chuva de meteoritos Perseid na madrugada deste Sábado





A chuva de meteoritos Perseid vai dar uma outra cor às primeiras horas da madrugada de sábado. Contudo, o fenómeno, anual, pode não ter agora o mesmo impacto devido à quase lua cheia que vai acontecer.


Chegou o momento por que muitos aficionados do visionamento do espaço esperam todos os anos. A chuva de meteoritos Perseid vai passar a ser visível nas primeiras horas da madrugada de sábado, estando previsto que atinja o auge de um meteorito por minuto por volta das seis da manhã.

O fenómeno acontece quando a rotação do planeta Terra o faz aproximar de um rasto de detritos originado pelo percurso do cometa Swift-Tuttle. Um processo que se repete todos os anos e que torna a chuva de meteoritos Perseid num dos acontecimentos mais regulares do calendário espacial.

"A Perseid é uma das mais fiáveis chuvas de meteoritos que se pode ver. Normalmente consegue-se observar, pelo menos, algumas dezenas de meteoritos por hora se o sítio do visionamento for ideal" afirmou Robert Massey, secretário executivo da Real Sociedade Astronómica, em declarações à BBC. "É igualmente um grande exemplo de um espetáculo astronómico gratuito, que não necessita de nenhum equipamento especial para ser apreciado", acrescentou.

No entanto, o período de quase lua cheia que se vai verificar nas primeiras horas de sábado pode prejudicar o acontecimento, uma vez que a claridade do satélite natural vai obstruir a visão de alguns dos meteoritos.

"O auge vai coincidir com uma quase lua cheia, é possível que só se vejam alguns meteoritos mais brilhantes por hora", confessou o secretário da Real Sociedade Astronómica. "Porém, se quem observar encontrar um local com céu claro e for paciente o suficiente para esperar, os meteoritos que vir podem ser muito luminosos" explicou Massey.

É aconselhável ver as previsões meteorológicas para escolher o local mais adequado para tentar ver a Perseid. A chuva de meteoritos vais ser visível até 22 de agosto, embora sempre com menos intensidade.





Fonte: Expresso

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Armadilha russa para asteroides







A Rússia sabe como combater os asteróides que ameaçam a Terra. Na conferência ''Semana do Espaço, realizada na Espanha, os especialistas russos do Centro Estatal de Foguetões ''Makeev'' propuseram destruir enormes pedras e rochas, fazendo-os explodir.




Presentemente os habitantes terrestres estão mais preocupados com tais fenómenos perigosissimos como ''tsunami'', terremotos e inundações. Contudo os asteróides e meteoritos que perto do nosso planeta constituem um perigo real. Basta recordarmos o famoso meteorito de Tunguska que caiu na Sibéria em 1908. segundo os cientistas, o seu diámetro era de apenas 30 metros, mas a poténcia da explosão, causada pela sua colisão com a Terra, foi de 40 a 50 megatoneladas, correspondendoao potencial energético da mais poderoso bomba hidrogénea.
É difícil imaginarmos as consequéncias de um objeto celeste ainda maior, caindo não na floresta siberiana, mas sim numa cidade densamente povoada – assinala Vladimir Degtiyar, director-geral do Centro Estatal de Foguetões:
São sobretudo peridosos para o nosso planeta os asteróides e cometas que têm uma trajetória atravessando a órbita da Terra. A probabilidade da sua colisão com o nosso planeta torna-se bastante séria devido à grande quantidade destes. Pode-se evitar uma colisão apenas alterando a trajetória do asteróide ou recorrendo à sua trituração. Com este fim convem criar conjuntos de foguetões espacias de pequena potência – assinala o cientista russo.
Tendo em conta o facto de serem proibidos todos os testes nucleares no Espaço, teremos que aplicar métodos não nucleares de explosão. Antes disso, porém, convem detectar um meteorito ou asteroide capaz de criar uma ameaça para a Terra - explica Vladimir Degtiyar e prossegue:
Precisamos de um sistema, assegurando o transporte preciso de um engenho explosivo ao corpo celeste periogoso. O aparelho especial ''Kaissa'' poderá determinar previamente a sua composição, entrando em ação depois disso o módulo ''Kapkan'', capaz tanto de destruir o objeto ameaçador, como também remove-lo da órbita perigosa. Como portadores desses aparelhos espaciais pode'se usar os foguetões ''Soyuz-2'' e ''Russ-M''. O primeiro servirá se o corpo celeste perigoso tiver o diâmetro até 300 metros, o segundo – quando este variar de 600 a 700 metros. Todos os trabalhos, relacionados com a defesa do nosso planeta contra o perigo de asteróides e cometas, são coordenados pela Academia das Ciências da Russia com a participação da Agência Espacial Russa '' Roscosmos'', a Agência de Energia Atómica ''Rosatom'' e o Ministério da defesa.
O Centro Estatal de Foguetões ''Makeev'' é responsável pelos trabalhos no sector de foguetões:Participamos ainda no concurso, promovido pela Comissão Europeia para efectuar investigações internacionais de larga escala, visando a prevenção de uma colisão da Terra com corpos celestes periogosos. A comunidade internacional já compreende a ameaça real de um encontro destes e toma medidas necessárias. As despesas com a realização de um projeto deste índole poderão constituir nos próximos 10 anos cerca de 700 milhões de dolares norte-americanos montante que não parece exagerado, levando em consideração a globabilidade da tarefa a ser cumprida.



Fonte: Voz da Rússia

Fragmentos de DNA no meteorito e a busca pela origem da vida




Os exageros da NASA


Talvez nenhum outro indicador mostre tão claramente o desespero da NASA pela sobrevivência enquanto instituição quanto as suas recentes "revelações científicas" bombásticas, sempre feitas em conferências anunciadas previamente a jornalistas do mundo inteiro.


Acostumados a décadas de seriedade e estudos de ponta financiados pela agência norte-americana, vários jornalistas não têm tido o cuidado necessário para separar os novos frutos dos "frutos recauchutados" e dos "possíveis-frutos-se-vocês-nos-derem-dinheiro-para-plantar-as-árvores".
Essa ansiedade pela mostra de resultados tem levado a NASA a promover anúncios de "descobertas científicas" altamente polêmicas, seguidamente questionadas por vários grupos que não participam das pesquisas.
Foi assim com a bactéria alienígena que respira arsênio, com as seguidas "descobertas" de água na Lua em volumes que chegaram a ser comparados aos oceanos da Terra, e com as seguidas "descobertas" de água em Marte, que têm acontecido cerca de duas vezes por ano. A mais recente se baseia em sinais geológicos de uma provável água que escorreria a temperaturas bem abaixo de zero.
Agora foi a vez de uma nova descoberta de componentes de uma molécula de DNA em meteoritos.
Ora, os chamados "blocos elementares" de uma molécula de DNA têm sido encontrados em meteoritos desde os anos 1960. O mérito deste novo estudo é que os cientistas juntaram dois argumentos para descartar que o meteorito tenha sido contaminado depois de ter caído na Terra. Então, será que os anúncios anteriores não deveriam ter sido levados tão a sério?
Isso importa pouco agora, já que, ao que parece, desta vez a NASA teve mais cautela com o "estardalhaço" e se baseou em um estudo muito cuidadoso. Mesmo o anúncio foi cauteloso: "Pesquisa da NASA mostra que elementos básicos do DNA podem ser feitos no espaço."
Seria admirável se não pudesse - estatisticamente seria algo praticamente indefensável - mas a comprovação experimental é essencial para que os cientistas possam avançar em suas teorias e embasar novas pesquisas. Não há qualquer crítica aqui. Há muitas críticas, porém, para a forma como muitos órgãos de imprensa "traduziram" o estudo, simplesmente colocando as conclusões do estudo de forma taxativa demais.


Pesquisas sobre a origem da vida


Mas talvez seja melhor esquecer o marketing e o desejo de chamar a atenção e nos concentrarmos em algo que o episódio traz à tona e que merece nossa atenção.
E esse algo é o caminho que vem tomando a busca pelas explicações da origem da vida.
Em termos puramente experimentais, a vida sempre foi um estorvo para a ciência, se parecendo mais com uma anomalia contaminando um sistema mecanicamente muito bem engrenado.
Ora, o trabalho dos cientistas consiste em explicar os fenômenos usando as ferramentas de que dispõem. É mais ou menos como se o desconhecido tivesse que ser explicado com base no conhecido, um problema de lógica que tem encantado e desencantado gerações de filósofos da ciência. Contudo, as explicações mecanicistas para a vida relutam em engatar em qualquer engrenagem já bem compreendida.
É por isto que a explicação para uma origem extraterrestre da vida vem tanto a calhar. A procura pela origem da vida é um campo de pesquisa que vem sendo deixado praticamente de lado. Por ser complexo demais, talvez seja melhor abordá-lo aos poucos, estudando seus "blocos básicos" um a um, na esperança de que o conhecimento das partes possa dar algum insight sobre a composição do todo.
Ora, se pudermos dizer que a vida veio do espaço, isso nos dá um tempo precioso, já que o nosso acesso ao espaço é limitado demais para qualquer pesquisa que se queira séria. Isso tiraria de pauta qualquer necessidade de entendimento da origem da vida aqui na Terra, até hoje às voltas com uma incômoda teoria da geração espontânea, ou abiogênese. Aparentemente, os experimentos de Francesco Redi, feitos em 1668, não valem quando se considera um espaço grande o suficiente - como a Terra - em um tempo longo o suficiente - tudo parece possível desde que você possa lançar mão do largamente usado "argumento científico" dos "ao longo de milhões de anos".
A ciência acadêmica vem tentando escapar do geocentrismo há séculos. Contudo, embora intuitivamente não haja nenhum elemento para embasar argumentos de uma pretensa exclusividade terráquea da vida, os acadêmicos só admitirão a vida fora da Terra quando puderem examiná-la. Isso tem levado a posturas ultra-conservadoras em vários campos de pesquisa, mas é difícil imaginar uma prática alternativa que seja também capaz de "defender" a ciência contra uma enxurrada de achismos e palpites, por mais bem-intencionados que sejam.
Mas é importante perceber que não há uma relação causal entre encontrar "blocos básicos" da vida em um cometa ou meteorito e a atribuição da origem da vida na Terra a esses corpos celestes.
O que se demonstrou experimentalmente até agora é que elementos moleculares presentes nos organismos vivos podem surgir em qualquer lugar, inclusive aqui na Terra. O jeito usual de falar - elementos básicos da vida se originam no espaço - contrapõe o espaço à Terra, como se a Terra não fizesse parte desse espaço - provavelmente ainda um resquício das eras de geocentrismo.




Pré-vida


Por uma daquelas coincidências admiráveis, mas muito comuns no mundo da ciência, no dia anterior ao anúncio da pesquisa da NASA, a revista Nature Chemistry publicou um artigo que apresenta uma solução para o longo debate sobre a quiralidade das moléculas biológicas, essencial para o reconhecimento molecular e os processos de replicação, ambos, por sua vez, essenciais para a origem da vida.
Tudo acontecendo aqui na Terra, o grupo da Universidade da Califórnia, campus de Merced, mostrou uma rota para sintetização dos tais blocos básicos da vida por meio de uma combinação relativamente simples de açúcares e aminoácidos, em um ambiente pré-biótico.
As moléculas biológicas, como o RNA e as proteínas, podem existir em formas distintas, chamadas enantiômeros. O que ninguém conseguiu explicar até agora é por que uma dessas formas, justamente a forma que é necessária para a vida, se tornou predominante.
Os cientistas demonstraram que as reações químicas abióticas podem gerar a forma natural dos precursores do RNA - a forma presente nos seres vivos - pela inclusão de aminoácidos simples.
O enantiômero natural dos precursores do RNA formou uma estrutura cristalina visível a olho nu, que pode potencialmente permanecer estável até que se coloquem as condições para que eles se transmutem em RNA ("ao longo de milhões de anos", como é usual nesses casos).
Aliás, esse mecanismo elusivo, chamado "ao longo de milhões de anos", tem sustentado algumas das teorias científicas mais bem-sucedidas de todos os tempos, da evolução biológica à formação das estrelas - ao longo de suficientes milhões de anos, espécies vivas se transformam em outras espécies e nuvens moleculares espalhadas pelo cosmos se juntam, igualmente movidas pelos milhões de anos, para formar estrelas. Mágico, não? Sem dúvida fala muito ao coração, mas não é o bastante para o intelecto.
Resumindo, os cientistas demonstraram que é possível que um ambiente pré-biótico terrestre gere preferencialmente as moléculas necessárias para a vida - outros cientistas já haviam tentado explicar a quiralidade da vida com base nos meteoritos.
Assim, os tais blocos básicos da vida podem se originar tanto lá como cá. Mas, por conveniência, vamos considerar que eles se originaram lá e vieram para cá, e assim poderemos continuar deixando o assunto - a origem da vida - a cargo dos filósofos.
A próxima discussão lógica seria considerar se, e como, esses blocos, emergindo onde quer que seja, se unem para formar a vida. Mas aí já é querer exigir da ciência acadêmica algo que ela não pode dar.


DNA e meteoritos


Voltando à NASA e aos meteoritos, é preciso destacar que o que os cientistas descobriram foram compostos - adenina e guanina - que também estão presentes nas complicadas cadeias de DNA.
O mérito deste novo estudo é que os cientistas juntaram dois argumentos para descartar que o meteorito tenha sido contaminado depois de ter caído na Terra.
O primeiro desses argumentos foi a identificação, no meteorito, de três moléculas chamadas análogos de nucleobases - elas têm o mesmo núcleo molecular de uma nucleobase, mas têm estruturas adicionadas ou faltantes.
Esses análogos são purina, 2,6-diaminopurina, and 6,8-diaminopurina. Estas duas últimas quase nunca aparecem associadas com a química da vida na Terra.
"Você não deveria esperar encontrar esses análogos de nucleobases se a contaminação pela vida terrestre fosse a fonte [das moléculas], porque elas não são usadas pela biologia, a não ser um relato de uma 2,6-diaminopurina ocorrendo em um vírus (cianofago S-2L)," disse Michael Callahan, astrobiólogo da NASA, que não participou do estudo.
O segundo argumento contra a hipótese da contaminação terrestre veio da análise de um bloco de gelo de oito quilogramas, coletado na Antártica, de onde também saiu a maioria dos meteoritos usados no estudo.
Apesar de o bloco de gelo não ter sido coletado juntamente com nenhum dos meteoritos, as análises mostraram que as quantidades de nucleobases encontradas no gelo antártico são muito inferiores às encontradas nos meteoritos. Além disso, o gelo não continha nenhum dos análogos de nucleobases. Logo, consideram os cientistas, os meteoritos não poderiam ter sido contaminados pelo gelo antártico.



Fonte: Inovação Tecnológica

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Informações inéditas sobre o Asteróide Vesta




As primeiras fotos tiradas de perto ao asteróide Vesta, um protoplaneta que remonta aos primórdios do Sistema Solar, revelaram um terreno “surpreendentemente” diversificado e várias características geológicas inexplicáveis, anunciaram cientistas da NASA.


As imagens foram capturadas pela sonda robótica Dawn, que iniciou há duas semanas uma observação de um ano do Vesta, o segundo maior objecto no cinturão de asteróides localizado entre Marte e Júpiter, com 530 quilómetros de diâmetro. Os cientistas calculam que esta região alberga cem mil asteróides, considerados os "escombros" que restaram da formação do sistema há 4,6 biliões de anos.
"Estas fotos já foram uma grande revelação para a equipa sobre como é a superfície [do Vesta]. Não imaginávamos os detalhes que foram agora revelados", disse Chris Russell, cientista que lidera a missão da Dawn.
Com uma área equivalente ao dobro da Califórnia, o asteróide é notavelmente diversificado, com canais na sua zona equatorial, pontos luminosos, poços escuros e crateras repletas de listras brancas e pretas.
Os investigadores acreditam que o Vesta surgiu a partir de um conjunto de gases e poeira que restarou da formação do Sol, sendo que o asteróide terá aparecido apenas cinco milhões de anos depois da explosão do Sol, o que o teria dotado de materiais radiactivos. O calor adicional poderá ter feito o Vesta derreter, formando um núcleo de ferro e uma crosta externa de lava, o que pode explicar as várias características diferentes reveladas nas primeiras fotos.
"Nunca vi nada assim", afirmou Russell, também investigador da Universidade da Califórnia, em Los Angeles. "Não é um corpo uniforme. Coisas diferentes estavam a acontecer em regiões diferentes da superfície, o que, para mim, indica que o interior estava muito activo. Vamos aprender muito com esse corpo", sublinhou.







Fonte: Ciênciahoje