quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
Meteoritos causam avalanches na superfície de Marte
Segundo um novo estudo, conforme os meteoritos viajam em direção à superfície de Marte, eles podem provocar avalanches antes mesmo de atingir o chão.
Rochas espaciais voando em direção a superfície de Marte podem viajar a várias vezes a velocidade do som, criando ondas de choque no ar. Estas ondas de choque agridem o chão, levantando poeira que rola sobre encostas.
“Nós achávamos que algumas das faixas de poeira que víamos em encostas eram causadas por tremores sísmicos durante o impacto com meteoritos”, disse Kaylan Burleigh, que liderou o projeto de pesquisa. “Ficamos surpresos ao descobrir que eram as ondas de choque no ar que impulsionavam as avalanches, mesmo antes do impacto”.
A equipe analisou as faixas de poeira vistas nas imagens de uma sonda da NASA, e descobriu que muitas não se encaixavam no padrão esperado, se fossem causadas pela agitação sísmica produzida pelo impacto de uma rocha espacial.
Em vez disso, essas faixas de poeira eram assinaturas de ondas de choque que teriam sido criadas antes de qualquer impacto.
Na verdade, quando os cientistas usaram um modelo computacional para simular as características geológicas esperadas de ondas de choque, eles descobriram marcas curvas características, chamadas cimitarras, correspondendo exatamente às observadas na superfície de Marte.
“Aquelas cimitarras nos deram a dica de que algo diferente de agitação sísmica deveria estar causando as avalanches de poeira”, disse Burleigh.
Marte é regularmente bombardeado com impactos de meteoritos. A fina atmosfera do planeta é 100 vezes menos densa do que a da Terra, e não pode proteger a superfície de rochas.
Em média, cientistas descobrem em Marte cerca de 20 crateras de impacto entre um e 50 metros de largura cada ano. “Esta é parte de uma história maior sobre a atividade da superfície de Marte. O que estamos percebendo é muito diferente do que se acreditava anteriormente”, disse Alfred McEwen, um dos coautores do novo estudo. “Precisamos entender como funciona Marte hoje, antes de interpretar corretamente o que pode ter acontecido lá quando o clima era diferente, e antes de estabelecer comparações com a Terra”, explica.[Space]
http://hypescience.com
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