domingo, 13 de novembro de 2011

Meteorito raro encontrado por agricultor americano vale 2 milhões e meio de euros


Em 2006, um agricultor americano encontrou um meteorito enterrado em uma colina em uma cidade de Missouri, nos EUA.

No entanto, só agora o valor dessa descoberta foi revelado. O geoquímico Randy Korotev, da Universidade de Washington, identificou a rocha espacial como um tipo raro de meteorito palasito que vale cerca de 2 milhões e meio de euros.

Apenas 19 outros palasitos já foram encontrados nos EUA até hoje. O meteorito percorreu um longo caminho até chegar nas mãos de Korotev. Os pesquisadores acreditam que este meteorito era parte de um asteroide que orbitava o sol no cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter. Em algum momento, este fragmento se bateu com uma órbita que cruzava o caminho da Terra, e foi puxado para o nosso planeta pela gravidade.

Os cientistas não têm certeza de quando o meteorito atingiu a Terra, mas ele foi descoberto em 2006, quando um agricultor, que pediu para permanecer anónimo, encontrou uma pedra muito pesada em uma colina.

Embora a pedra parecesse normal por fora, quando o agricultor a serrou, um interior belo e inusitado foi revelado. Cristais verdes de um mineral chamado olivina se espalhavam por uma matriz de ferro-níquel, como lascas de chocolate em um cookie. Estas são marcas de um palasito.

Em 2009, Karl Aston, um químico, caçador de meteoritos amador e colecionador, ouviu falar sobre a rocha e se juntou com amigos para comprá-la. Para determinar que tipo de pedra tinham em suas mãos, os coletores trouxeram a rocha para Korotev, que era bem conhecido como identificador de rochas espaciais.

Korotev e sua equipe pegaram uma amostra da rocha e analisaram sua composição elementar para classificá-la. Eles descobriram que ela era parte de um grupo principal de rochas palasitos, similar à maioria das outras 19 que tinham sido encontradas no país antes.

Para descobrir se era um pedaço de um meteorito conhecido que já tinha sido estudado, os cientistas fizeram mais testes.
Korotev enviou a pedra a John Wasson, que tinha ferramentas especiais para analisar a matriz metálica dos cristais de
dentro da rocha.

Wasson concluiu que a pedra era única, sem relação com qualquer dos palasitos anteriores. Isso fez com que ela ganhasse seu próprio nome. Em 27 de agosto de 2011, o Comitê de Nomenclatura da Sociedade Meteoritical nomeou oficialmente a pedra Conception Junction, após o local onde foi encontrada.

A maioria dos meteoritos é feita de um tipo de material, mas palasitos como Conception Junction são diferentes. Estas pedras vêm de grandes asteroides que produzem calor interno suficiente para derreter parcialmente seu interior, criando um núcleo de metal líquido e um exterior rochoso.

Os cientistas acreditam que palasitos, que contêm uma mistura de metal e rocha, vem do limite de um asteroide, entre seu núcleo de metal e o mineral olivina em sua camada do meio, chamada de manto.

Asteroides são os restos que sobraram após a formação dos planetas, assim, são feitos do mesmo material que a Terra.
Pesquisadores acreditam que a fronteira entre o núcleo do nosso planeta e seu manto é muito parecida com a composição de um meteorito palasito.

Quando cortado e polido, esse meteorito vale cerca de 147 euros por grama. Em contraste, meteoritos comuns são vendidos por 1 a 2 euros por grama, enquanto o primeiro meteorito lunar encontrado por um colecionador particular valeu 29.000 euros por grama.

No entanto, o fazendeiro de Missouri provavelmente não vai ficar milionário. Korotev disse que os meteoritos não são uma boa forma de enriquecer, afinal colecionadores de meteoritos raramente são ricos; eles fazem isso por diversão.

No total, o novo meteorito pesa cerca de 17 quilos, trazendo seu valor para cerca de 2 milhões e meio de euros. Aston e outros colecionadores doaram a maior parte do meteorito para universidades e museus, mas ainda há alguns exemplares disponíveis para compra. [LiveScience]


Fonte: Hypescience.com

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Meteorites and Meteor-wrongs

Professor and lunar meteorite expert, Randy L. Korotev, discusses the differences between meteorites and the stones people find that turn out to be meteor-wrongs.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Asteróide de 400 metros está cada vez mais perto da Terra


O asteróide 2005 Yu55 passará, esta terça-feira à noite, mais perto da Terra do que a Lua, a uma distância de 325.000 quilómetros

A aproximação de um asteróide do tamanho do Yu55 será a maior verificada em mais de 30 anos e um evento que não se voltará a repetir antes de 2028. Semelhante só voltará a acontecer quando o asteróide 2001 WN5 passar pela Terra a uma distância de cerca de 230.000 quilómetros.


Astrónomos de todo o mundo já se estão a preparar, para estudar o corpo celeste, quando este passar na órbita da Lua.


Mesmo com céu limpo, o asteróide não é visível a olho nu, sendo por isso necessário um telescópio para saber mais sobre a sua superfície e composição química.


O asteróide está a dirigir-se na direção do Sol o que fará com que haja demasiada luminosidade para o observar, com um microscópio óptico ou infravermelho, até ao dia em que estará mais próximo do planeta.


"Muitos asteróides que nós vemos estão tão longe que só conseguimos tirar algumas informações através do reflexo da sua luz", disse Kevin Yates do Centro Nacional Espacial de Leicester, ao jornal The Guardian.


"O facto deste asteróide estar cada vez mais perto permite-nos fazer outro tipo de observações, como tirar detalhes sobre a superfície e sobre a sua assinatura química, através da observação dos minerais que o constituem", explicou Yates.


O asteróide, classificado como de classe C, foi observado no ano passado, por um telescópio, em Arecibo, Porto Rico, e segundo os astrónomos, é circular e tem uma superfície escura, o que indica que pode ser rico em carbono.


Prevê-se que o asteróide Yu55 passe perto de Vénus em 2029, perturbando a sua órbita, e que passe novamente na Terra em 2041.


A passagem de um asteróide na Terra, a uma distância tão reduzida, acontecerá em 2094 e, segundo as previsões, passará a 269.000 quilómetros de distância.



Fonte: Visão.pt