domingo, 26 de fevereiro de 2012

A longa jornada de um meteorito marciano


Um fragmento de Marte caiu sobre o Marrocos em julho. Isso foi apenas o princípio de sua viagem sobre a Terra. O maior pedaço do meteorito viajou do Marrocos para Paris e depois para Nova York, onde o colecionador que o comprou andou de bicicleta com ele em sua mochila. Finalmente, ele foi para Londres.

O Museu de História Natural da cidade anunciou que havia comprado o meteorito no dia 8 de fevereiro. "Eu diria que provavelmente se trata da queda mais importante em cem anos", afirmou Caroline Smith, curadora de meteoritos do museu.

Das dezenas de milhares de meteoritos encontrados na Terra, apenas 61 provêm de Marte. O novo meteorito também foi somente o quinto, vindo de Marte, cuja passagem flamejante pela atmosfera foi vista por pessoas no solo.

Isso é significativo para os cientistas. Quando as quedas de meteoritos são presenciadas, eles sabem que as rochas permaneceram pouco tempo no solo, o que minimiza a contaminação por água e reações químicas na Terra. As cercanias desérticas do Marrocos garantem ainda mais que os minerais presentes nesse meteorito - chamado de Tissint, por causa de uma aldeia vizinha - estejam puros.

A mineralogia do Tissint parece ser compatível com a mineralogia dos tipos mais comuns de meteorito marcianos. As rochas parecem ter se solidificado como resultado do magma marciano, entre 400 e 500 milhões de anos atrás, e foram lançadas do planeta há apenas 1 milhão de anos - o que é bastante recente para a história do sistema solar, que tem 4,5 bilhões de anos.

É improvável que o meteorito forneça informações sobre se o ambiente de Marte foi favorável à existência de vida em seus primórdios, mas ele fornecerá pistas sobre a história do vulcanismo no planeta.

"Não é em si mesmo muito diferente dos objetos que descobrimos anteriormente", afirmou Anthony Irving, especialista em meteoritos da Universidade de Washington, que analisou um fragmento do Tissint. "É uma peculiaridade a mais", afirmou.

Contudo, a análise detalhada da rocha apenas começou. O exterior possui uma crosta preta brilhante, queimada por uma bola de fogo geradora de calor enquanto passava pela atmosfera terrestre no dia 18 de julho. O interior exposto pela rachadura é cinza e friável e atravessado por nervuras negras.

Uma das primeiras ações do museu será colocar a rocha em um potente aparelho de tomografia computadorizada para verificar a estrutura em seu interior. As bolhas do interior da rocha ainda podem conter uma quantidade muito pequena de ar marciano.

A população da região distante do Marrocos na qual o meteorito aterrissou - nômades, na maioria - viu a bola de fogo e ouviu ruídos sônicos. Passados alguns meses, a população começou a encontrar as partes do meteorito e, em meados de dezembro, colecionadores do mundo manobravam para comprá-las.

Em seguida, surgiram rumores de que o bloco principal, o maior de todos, havia sido encontrado. Isso chamou a atenção de Darryl Pitt, colecionador de meteoritos de Nova York, que já havia adquirido pedaços menores do meteorito.

"Eu estava ligando para meus amigos do Marrocos e enviando e-mails para eles", afirmou Pitt, que trabalha como empresário de músicos de jazz. "E quase desisti. Estávamos sem perspectivas de progresso. Então recebi um telefonema de uma das pessoas do grupo, ele disse "Eu tenho esse objeto". Eu disse: "Sério"? E eu realmente queria adquiri-lo", afirmou.

Ele contou com a ajuda financeira de David Gheesling, colega colecionador de Atlanta. Após negociar com o vendedor, eles estavam convencidos de que a oferta era realista e pagaram adiantado, por transferência bancária, um adiantamento de seis dígitos pela rocha de 10,88 quilogramas.

Desde aquela ocasião, eles já queriam que o espécime terminasse em um museu. "É tão óbvio que o lugar dele não é em uma coleção privada", afirmou Gheesling. "Muitos destinos diferentes poderiam ter sido dados para esta pedra. Um deles poderia facilmente ter sido cortá-la em milhões de pedaços."

Com a venda dos pedaços do meteorito Tissint por até US$ 1.000 o grama, esse destino teria sido bastante lucrativo.

Pitt enviou um e-mail para o Museu Americano de História Natural, em Nova York, no início de janeiro, afirmando que colocara a venda partes do Tissint. Não obteve resposta. Em seguida, ele contatou Sara Russel, chefe da divisão de meteoritos do Museu de História Natural de Londres. Ela respondeu.

Enquanto Pitt tratava da venda com o museu, deixou de mencionar uma questão que poderia criar um impasse: ele ainda não possuía o meteorito. "A situação estava ficando um pouco enervante", afirmou. "Ouvíamos uma história após a outra."

Para receber o objeto do vendedor marroquino, Pitt voou para Paris, apanhou o meteorito, e voltou a Nova York no voo seguinte.

Na manhã seguinte, Pitt pedalou para o trabalho com o meteorito na mochila. Ele fez uma rápida visita ao estúdio de gravação do programa The Colbert Report, do canal de televisão americano Comedy Central, para mostrar a rocha a um produtor conhecido seu, mas ele não estava. Em vez disso, ele o mostrou ao segurança, que olhou para ele de forma estranha.

No dia 27 de janeiro, o Museu de História Natural confirmou que tinha dinheiro para comprar o meteorito. A quantia correspondia a diversas vezes o valor do orçamento anual de aquisição do museu - nenhum dos envolvidos quis dizer exatamente quanto ele custou - e Smith afirmou que um único doador forneceu metade do valor.

Fonte: ultimosegundo

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Temporal Distortion

Experience the night sky like never before with this stunning time-lapse video by photographer Randy Halverson, set to a dramatic score by Bear McCreary. Amazing! REALLY BEAUTIFUL


Temporal Distortion from Randy Halverson on Vimeo.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Meteoritos podem mesmo ter semeado a vida na Terra


A possibilidade de terem sido meteoritos a trazer os ingredientes para o surgimento de vida na Terra tem mais provas a favor, depois do estudo de algumas amostras de meteoritos encontrados na Antártida.

O físico Michael Callahan, do centro Goddard de Astrobiologia da NASA, encontrou meteoritos que talvez tenham sido os responsáveis por semear a vida no nosso planeta. Estas novas evidências atribuem sentido À especulação de que a vida na Terra poderia ter sido semeada a e não simplesmente surgido.

Uma pesquisa publicada em agosto de 2011 numa revista científica americana sugere que os meteoritos são provavelmente a fonte de certos blocos de construção do nosso material genético na Terra - em maior diversidade e quantidade do que o que os cientistas pensavam anteriormente.

Michael Callahan adiantou agora que apesar desses núcleos de ADN já se conhecerem há cinquenta anos ninguém tinha ainda conseguido provar se eram de origem extraterrestre ou se se tratava de reminiscências da contaminação terrestre no meteorito.

As provas vêm de 12 meteoritos, nove dos quais aterraram na Antártida. Para além dos blocos de construção de ADN, eles evidenciam outras moléculas produzidas a partir de ingredientes simples encontrados no espaço: a água e o amoníaco.

Alguns produtos químicos dos meteoritos podem ter sido uma fonte crucial dos compostos orgânicos que deram origem à vida na Terra.

A investigação tem demonstrado que os aminoácidos existem no espaço e chegaram ao nosso planeta num meteorito. Mas tem sido difícil provar que os nucleobases encontradas em amostras de meteoritos não são devido à contaminação de fontes na Terra.

Foram detetados esses tais blocos estruturais de ADN em dois meteoritos, sendo que não foram encontrados em amostras de solo e gelo nas áreas próximas onde foram recolhidos, daí que se exclua a contaminação da terra para o meteorito. A origem extraterrestre da vida à face da Terra fica, assim, reforçada.



Fonte:TVNET

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Novo meteorito de Marte 'aterra' em museu de Londres


Museu de História Natural de Londres adquiriu o maior pedaço do eteorito marciano que caiu em Julho, em Marrocos


O Museu de História Natural de Londres acaba de adquirir um novo tesouro. Trata-se de um dos meteoritos que caíram em Julho, em Tissint, uma aldeia perdida no meio do deserto, em Marrocos. Segundo os investigadores que vão ocupar-se do seu estudo nos laboratórios do museu, ele poderá fazer revelações sobre o Planeta Vermelho.

O meteorito raro e de qualidades excecionais, já que só muito recentemente atravessou o espaço em direção à Terra, e porque é o maior dos pedaços que foi possível recuperar, com 1,1 kg, foi adquirido graças ao apoio de um doador que preferiu manter o anonimato.

"Este é, sem dúvida, o meteorito mais importante que caiu na Terra nos últimos cem anos e nós temos agora o pedaço maior", afirmou a investigadora e especialista em meteoritos Caroline Stmith, do museu de Londres, sublinhando a raridade do achado. Este tipo de meteoritos, "quando são recuperados muito rapidamente", como foi o caso, "oferecem um olhar único sobre o Planeta Vermelho", sublinhou a mesma cientista.

O meteorito, que já "foi expulso" de Marte há milhões de anos, provavelmente devido a um impacto de um cometa ou de um asteróide com o planeta, esteve em viagem até 18 de Julho do ano passado, dia em tombou no deserto marroquino.

"Sabemos que é de Marte, porque tem a sua marca escrita na rocha", explicou Caroline Stmith. A marca, neste caso, é a mistura de gases contida em micobolhas amalgamadas com a própria rocha. A sua composição "é igual à da atmosfera marciana", adiantou a investigadora.

Embora uma série de sondas já tenham viajado até Marte e recolhido e analisado amostras do solo in loco (e os resultados enviados para a Terra), a única oporrtunidade que os cientistas têm de estudar directamente rochas marcianas é através dos meteoritos que vêm de lá e chegam à superfície terrestre. Este último é o mais recente e ainda tem muito para contar.


Fonte: DN

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Histórias de outro mundo. O universo dentro e fora de nós


"Histórias de outro mundo. O universo dentro e fora de nós" é o título de uma mostra apresentada nesta quinta-feira na Sala de Imprensa da Santa Sé pelo Padre José Gabriel Funes, diretor do Observatório Astronômico Vaticano. A mostra será inaugurada em 10 de março na cidade de Pisa, no centro da Itália.

Na mostra, será possível admirar imagens espetaculares, instrumentos de grande interesse e peças de grande valor, como minerais da Lua e de Marte, mas também edições originais das obras de Galileu Galileu, Nicolau Copérnico e Isaac Newton. Haverá também uma seção dedicada ao Cardeal Pietro Maffi, que no início de 1900 era o Presidente do Observatório Astronômico Vaticano, e um livro de astronomia em chinês, presenteado no século XVI ao padre jesuíta Matteo Ricci.

"A história do universo não poderia ser contada sem as nossas 'pequenas' histórias humanas", disse Pe. Funes, recordando que Pisa é uma cidade privilegiada: é a terra natal de Galileo Galilei e local onde o Cardeal Pietro Maffi desempenhou o seu ministério pastoral.

"Às vezes, vivemos oprimidos por pequenos e grandes problemas da humanidade, mas também por problemas nossos, pessoais, das nossas sociedades: a crise econômica, por exemplo. Sem nos esquecer desses problemas cotidianos, espero que esta mostra nos ajude a olhar para o alto, a ver este céu que está sobre nós e também dentro de nós, porque nós também somos parte das estrelas."
(BF)

Fonte: Rádio Vaticano

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Vaticano mostra meteorito de Marte em exposição de astronomia


Um meteorito proveniente de Marte, minerais trazidos da Lua, telescópios do século XIX e astrolábios do século XVII formam a exposição "Histórias do outro mundo. O Universo dentro e fora de nós", que será inaugurada em Pisa, norte da Itália, a partir do dia 10 de março. A exposição, apresentada nesta quinta-feira no Vaticano, foi organizada pela Specola Vaticana, o Observatório Astronômico do Vaticano, e pelo Instituto Nacional de Física Nuclear Italiano.

A mostra será apresentada no Palacio Blu, em Pisa, a cidade toscana onde nasceu Galileu Galilei. "Se quiser ver Marte, vai a Pisa", afirmou nesta quinta-feira o jesuíta José Gabriel Funes, diretor da Specola Vaticana, que assegurou que a mostra busca contar a história do universo, desde as partículas que formam os átomos do corpo até as distantes galáxias.

Segundo o astrônomo, os destaques da exposição passam por um meteorito encontrado no Egito, que supostamente provém de Marte, assim como outros provenientes da Lua e outros materiais vindos do espaço. Funes também contou que o papa Bento XVI já viu o meteorito quando visitou a sede da Specola, situada nos arredores de Castel Gandolfo, um município a cerca de 30 km ao sul de Roma. "Nem mesmo o papa pôde tocá-lo diretamente no meteriorito, já que o mesmo teve que usar um lenço", disse.

Segundo Funes, a exposição será realizada em Pisa pelo fato da cidade ser a terra natal de Galileu e também do cardeal Pietro Maffi, um apaixonado pela astronomia e principal responsável pela renovação do observatório. Maffi foi nomeado presidente da Specola pelo papa Pio X em 1904.

A exposição, que ficará aberta de 10 de março até 1º de julho, "conduzirá o visitante por uma interessante viagem pelo nosso sistema solar", como descreve Cosimo Bracci Torsi, presidente da Fundação Palacio Blu.


Fonte: Noticias.Terra.br